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10 anos de estudos viabilizam tratamento para Renite Alérgica

Cura da Renite? O médico pesquisador Edmir Américo Lourenço (Professor de otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí) publicou nesta se

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Cura da Renite?

O médico pesquisador Edmir Américo Lourenço (Professor de otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí) publicou nesta semana o resultado de 10 anos de um estudo sobre uma vacina contra rinite alérgica. Ele afirma que encontrou um tratamento de longo prazo para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas utilizando uma vacina específica para cada indivíduo.

Segundo a pesquisa, em cerca de 80% dos pacientes testados os sintomas desapareceram. “O paciente não deixa de ser alérgico, mas as melhorias clínicas é que são importantes porque o indivíduo que não tem sintomas é como se ele estivesse curado. Existe um estigma genético para o alérgico, que isso não se desfaz com o tratamento de vacina. As vacinas estimulam a formação de defesas próprias, de anticorpos específicos contra as causas de alergia de que ela é portadora”, explica o pesquisador, que é doutor e mestre pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O pesquisador, que possui mais de 80 estudos publicados, dedicou a vida profissional ao tratamento das doenças respiratórias quando decidiu analisar o prontuário de centenas de pacientes. O procedimento mostra bons resultados quando o tratamento é feito até o fim. O trabalho com 281 pacientes com mais de três anos de idade, realizado em Jundiaí, foi publicado no mês de março de 2016 na revista brasileira editada em língua inglesa “International Archives of Otorhinolaryngology”, que destaca trabalhos científicos de otorrino no Brasil e no exterior.

Conheça o procedimento

  1. Nos primeiros passos da pesquisa, foram feitos testes na pele para saber quais são as causas da alergia. De acordo com o resultado, é feita uma vacina individual e específica em laboratório especializado para cada paciente.
  2. Atualmente, o tratamento está disponível somente em clínicas particulares. O custo é de um pouco mais de R$ 1,5 mil. “O paciente procura o médico e passa por testes. Depois, de acordo com os resultados, o especialista faz a solicitação para a produção individual da vacina em laboratório. Em meu tratamento, são 30 doses aplicadas durante 1 ano de 2 meses”, explica o médico.
  3. “O indivíduo alérgico pode ter uma melhora clínica no seu dia a dia, melhora da qualidade de vida, melhora da qualidade do sono, da capacidade de trabalho, do seu humor. Mas ele não deixa de ser alérgico. Ele não pode ser exposto a situações extremas. Ele tem uma defesa própria, mas que pode ser insuficiente em determinadas condições. Para o dia a dia dele, ele ter uma qualidade de vida muito melhor”, destaca Edmir.

O impacto no comportamento e na saúde

De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), o tratamento em questão é chamado de imunoterapia, já utilizado há muitos anos e não pode ser realizado isoladamente, pois ele está inserido em um Protocolo de Procedimentos, considerado fundamental para o sucesso do tratamento.

Doenças alérgicas como asma e rinite, afetam de 15% a 25% da população, são causadas por inalantes como poeira, ácaros, fungos, pelos de animais e poluição aérea. O uso de imunoterapia controla as doenças como asma e rinite, reduzindo em mais 70% os sintomas e melhorando a qualidade de vida.

O tratamento de imunoterapia é indicado quando o paciente tem testes alérgicos positivos e não consegue controlar suas alergias por outros meios. Ela deve ser feita juntamente com outros procedimentos, como controle ambiental (para evitar os agentes causadores da alergia), medicação profilática ou preventiva (para evitar crises) e medicamentos de crise (para controlar sintomas).

Segundo informa a ASBAI, o especialista deve ser habilitado para essa prática, caso contrário há riscos de reações alérgicas graves, inclusive óbito. Todo qualquer tratamento de imunoterapia deve ser individualizado e manipulado, conforme sua história clínica e seus testes de alergia, alerta a associação.

Equipe Comportamento e Saúde (G1)

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