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Memória

"Não existiriam memórias, caso não existissem as emoções", explica Antonio Damásio, neurocientista.

Hiperatividade
Insônia
Síndrome do Pânico

O que é memória?

É a capacidade de armazenar, reter e recuperar as informações e fatos obtidos através de experiências vividas, vistas, sentidas e ouvidas durante toda nossa vida.

Está ligada intimamente ao processo de aprendizagem, que é a capacidade para aquisição e retenção de novos conhecimentos.

“A personalidade, a identidade e o comportamento do indivíduo dependem da memória. Ela nos dá o sentido do tempo e permite que conservemos nossa história, nossa aprendizagem e nossa adaptação”, esclarece a dra. Daniele N. Tubini (psicóloga e psicoterapeuta da Clínica de Comportamento e Saúde).

Existem 7 tipos de memória: de curto, de longo prazo, memória anterógrada, retrógrada, memória recente e a remota.

A diferença entre esquecimento, amnésia e perda de memória

O esquecimento é um mecanismo que a memória usa para podermos continuar retendo informações, mas esquecer tudo e o tempo todo é indício de problemas. Os tipos mais comuns de perda de memória são:

Esquecimento por bloqueio e/ou distração. O esquecimento por bloqueio acontece quando várias informações competem por espaço em seu cérebro e a distração acontece quando você não presta atenção ao que está fazendo.

Esquecimento motivado. São esquecimentos inconscientes de conteúdos traumatizantes, penosos e recordações angustiantes para evitar a angústia e a ansiedade.

Esquecimento regressivo. Dificuldade em reter novos materiais, recordar conhecimentos, fatos e nomes aprendidos recentemente. Deve-se à degenerescência dos tecidos cerebrais.

Importante: A Amnésia Psicogênica tende a ser máxima em crises emocionais , podendo ser desencadeada por um acontecimento traumático com o qual a mente não pode lidar. É temporária, embora a totalidade do trauma não possa ser recordada.

Quais são as causas dos Transtornos de Memória?

Fatores Psíquicos.

  1. Perturbações e Traumas ocorridos durante o Desenvolvimento e a Formação da Personalidade caracterizam um quadro propício para o surgimento da enfermidade.
  2. Doenças psíquicas não tratadas, como Depressão, Ansiedade, Transtorno Bipolar e Esquizofrenia, além do Transtorno do Estresse Pós Traumático.

Fatores Físicos. Doenças como Epilepsia ou degenerativas como Alzheimer, Mal de Parkinson, Esclerose Múltipla, infecções e tumores no cérebro, abuso de drogas e álcool, traumas físicos.

Fatores Sócio-culturais. O meio a que o indivíduo é submetido (violência social/guerras, crises econômicas inesperadas e problemas no trabalho).

Quem tem mais chance de ter Transtornos de Memória?

  • Pessoas ansiosas, principalmente quando a ansiedade inicia-se na infância e depressivas;
  • Idosos, pois a perda de memória está associada ao envelhecimento normal;
  • Pessoas que fazem uso de medicamentos como benzodiazepínicos, antidepressivos e neurolépticos;
  • Pessoas com lesões cerebrais ou mal funcionamento cerebral;
  • Pessoas com obesidade e diabetes, pois há risco de dano aos vasos sanguíneos cerebrais;
  • Pessoas com deficiências importantes de vitaminas do complexo B; 

A perda de memória a partir dos 60 anos pode ser um dos primeiros sintomas da Doença de Alzheimer, explica dr. Sandro Tubini (psicólogo e psicoterapeuta da Clínica de Comportamento e Saúde).

E quem não trata?

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A demora para o tratamento leva a muitos prejuízos individuais (orgânicos ou psíquicos) e a alterações comportamentais, comprometendo a vida pessoal e social do portador.

A curto prazo, a falta de memória prejudica a qualidade de vida do portador e até mesmo sua segurança e auto-estima.

A longo prazo, a falta de memória pode causar isolamento e depressão, além da probabilidade de ser um sinal de demência, que se não tratada precocemente, evolui de forma agressiva.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento para os Transtornos de Memória?

A perda de memória pode ser notada pelas pessoas mais próximas, mas o diagnóstico e o tratamento da perda de memória exigem:

1. Avaliação neurológica: exames clínicos e de imagem para determinar se não há causa física grave (tumores, lesão cerebral, AVC, etc) e;

2. Avaliação psicológica: exames psicodiagnósticos para diagnóstico de transtornos psíquicos e exames neuropsicológicos para determinar a extensão cognitiva e psicológica da perda de memória e risco para doenças degenerativas, como Alzheimer.

A primeira linha de tratamento é a combinação da ação médica (Medicamentos) e psicológica (Reabilitação Neurocognitiva e Psicoterapia), que visa a reduzir os déficits de quadros patológicos neurológicos e neuropsíquicos.

Mas para que não haja evolução deste quadro é fundamental o apoio da família e amigos, pois o preconceito pode ser uma barreira ao tratamento.

Portanto no caso do aparecimento de alguns dos sintomas descritos, não hesite em procurar um Neurologista e Neuropsicólogo, eles indicarão o melhor tratamento para o alívio desta enfermidade.

Equipe Comportamento e Saúde

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