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Por que o isolamento social cresce entre os jovens?

Fenômeno chama a atenção de autoridades pelo mundo, pois número de pessoas isoladas socialmente cresce significativamente.

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Num mundo cada vez mais ‘conectado’ (grande marca desses tempos tecnológicos) ironicamente surge um contra-ponto que é o isolamento social. Uma triste realidade.

Esse fenômeno tem chamado a atenção de autoridades no mundo todo, já que o número de pessoas que evita — voluntariamente ou não — qualquer interação social tem crescido de maneira significativa, principalmente entre os jovens.

Elas se veem ‘desconectadas’ do mundo, mesmo que estejam rodeadas por familiares e amigos ou tenham um número razoável de seguidores nas redes sociais.

O isolamento social precisa ser discutido.

Isolamento e solidão são a mesma coisa?

Antes de tudo, pedimos licença para explicar essa questão. Isolamento e solidão NÃO SÃO a mesma coisa. Trata-se de um MITO.

A solidão pode ser entendida como uma sensação de angústia, motivada pela impressão de não ser compreendido por ninguém ao seu redor ou até mesmo pela falta de relações.

Já listamos, inclusive, 5 maneiras eficazes de combater a solidão.

Por outro lado, o isolamento está ligado a fatores físicos de separação e privação social voluntária, visto como um dos fatores para a solidão, embora não seja o único.

Há quem possa se sentir solitário em uma multidão ou ‘confortável’ e ‘aliviado’ por estar sozinho. De toda forma, os dois quadros exigem cuidados e trazem sérios prejuízos à saúde biológica, psíquica e social das pessoas.

Explicações dadas, seguiremos.

Hikikomori: a síndrome do isolamento social

Nenhum país olha com tanta atenção para o fenômeno do isolamento social quanto o Japão. Estima-se que meio milhão de pessoas vivam reclusas no país.

Esse problema afeta, na maioria dos casos, jovens e adultos, entre 14 e 25 anos, que chegam a ficar anos sem sair de casa por entenderem o mundo exterior como um lugar hostil e agressivo.

Segundo especialistas, o problema de isolamento social, pode ser desencadeado pela pressão social e o cruel sentimento de competição na escola ou no trabalho.

No Japão, essa síndrome do isolamento social ganhou até nome: ‘hikikomori‘.

O termo — que significa ‘estar confinado’ — foi criado no ano 2000 pelo psiquiatra Tamaki Saito. No livro ‘Isolamento social: uma adolescência sem fim’, de 1998, ele a definiu como uma doença social baseada na reclusão voluntária durante um período de pelo menos seis meses.

Os ‘hikikomori’ sentem um medo profundo de deixar seu ambiente de segurança e preferem ficar trancados em casa, mergulhados em um completo isolamento social.

Eles costumam se ‘fechar’ por dias, semanas ou até anos, passando o tempo dormindo, assistindo televisão ou imersos no mundo virtual, em jogos eletrônicos ou nas redes sociais.

Em situações mais graves, nem mesmo essa interação online existe, o que evidencia o preocupante grau de isolamento social.

Um problema global

E não é só o Japão que anda preocupado com o crescente número de jovens isolados socialmente. Outros países têm noticiado casos semelhantes a esse.

A Coreia do Sul, por exemplo, estimou que havia, no ano de 2005, cerca de 33 mil adolescentes em situação de isolamento social.

Já em Hong Kong, região administrativa da China, uma pesquisa de 2014 afirmou que 1,9% da população vivia ‘isolada’ do mundo.

Os dados foram coletados de uma reportagem da BBC Brasil.

Engana-se, contudo, quem pensa que esse é um problema comum apenas aos países asíaticos. Estados Unidos, Espanha, Itália e França também convivem com essa preocupante questão.

Causas do isolamento social

É importante destacar que não há um único motivo que leve ao isolamento social. Ele pode ser consequência de acontecimentos traumáticos, como o bullying, ou até mesmo da depressão e outras condições médicas.

Dois fatores que, infelizmente, estão cada vez mais relacionados à vida dos jovens.

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Especialistas explicam ainda que outros motivos podem gerar a reclusão social, como a superproteção. Esse cuidado exagerado impede que o indivíduo se relacione com pessoas de sua idade, gerando falta de segurança.

Tecnologia e isolamento

Além das causas já citadas, muitos pesquisadores apontam a influência da tecnologia para o isolamento social dos jovens.

Embora não haja uma pesquisa conclusiva sobre o assunto, especialistas afirmam que existe, sim, uma relação concreta entre esses dois fenômenos. A tecnologia não chega a causar o isolamento social, mas é capaz de reforçá-lo ou até aprofundá-lo.

Um estudo liderado pela psiquiatra espanhola Ángeles Malagón-Amor, do Hospital del Mar, mostrou que 30% dos casos de hikikomori identificados em Barcelona têm relação com o vício em internet.

Esse grupo tendia a ser mais jovem, com idade média de 24 anos.

Caso contrário, a tecnologia pode se tornar um problema enorme para as pessoas, principalmente para os mais jovens. Olhe só o que o uso exagerado dos dispositivos digitais pode causar:

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Efeitos do isolamento social à saúde

O isolamento social entrega vários prejuízos à saúde mental, física e espiritual das pessoas.

Quem está isolado socialmente não possui qualquer tipo de relação social, atividade educacional ou de trabalho. Geralmente dorme durante o dia e passa a noite no videogame.

Em certos casos, os jovens são agressivos e tendem a amedrontar os pais.

As refeições não são feitas em horários corretos e ocorrem de maneira descontrolada e sem qualquer equilíbrio alimentar. Os indivíduos costumam pedir fast food ou consumir comida industrializada.

Quanto à higiene pessoal, é totalmente negligenciada. Essas pessoas acumulam lixo, por se recusarem a sair de casa ou do quarto, por exemplo, e em casos extremos chegam a viver em meio aos resíduos da comida que ingerem.

Pela falta de interação social, possuem problemas de aprendizagem, de atenção e de tomada de decisões. O círculo de amizade dessas pessoas é muito pequeno ou totalmente inexistente.

Resista ao desespero!

Em nossa Campanha Permanente de Valorização da Vida, destacamos a importância de estarmos sempre atentos às pessoas que estão à nossa volta, tentando sempre identificar algum sinal de alerta em seus comportamentos.

Em muitos casos, pessoas que se lançam a esse isolamento social são dominadas pela tristeza e a profunda desilusão com a vida faz com que cometam suicídio.

Equipe Comportamento e Saúde (Boa Vontade)

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