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Tranquilidade e calma são armas contra o vestibular

Estudantes encararam dois dias seguidos de provas do Enem e se preparam para outras provas. Saiba como.

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Maratona de provas

A Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP) e Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) aplicam os seus processos seletivos nos três próximos fins de semana.

O momento é considerado delicado e pode mexer com a condição psíquica dos estudantes, especialmente para aqueles que se dedicaram o ano todo. O apoio da família é importante e pode ajudar a reduzir a tensão pré-vestibular e proporcionar calma aos estudantes.

Ansiedade sob controle

Segundo Rita Khater, psicóloga da PUC-Campinas, a primeira coisa que os pais não devem fazer é transferir a ansiedade deles para o filho. Veja:

  • “Claro que o pai está ansioso e tem uma expectativa de que o filho seja aprovado. Mas ele tem que, simplesmente, disfarçar ou controlar isso, porque não é momento de transferir para o filho a responsabilidade de ser aprovado”;
  • A psicóloga ressalta que o vestibular não mede conhecimento e que quanto mais tranquilo o vestibulando for para a prova, melhor será o seu desempenho. “Muito do resultado da prova tem a ver com a tensão de ser aprovado ou não”, diz;
  • Rita afirma que os pais podem sim fazer cobranças, estimular o filho a estudar, mas isso deve ser feito ao longo do ano, sem ameaças, para que ele entenda que precisa aprender e não simplesmente passar no vestibular;
  • “O jovem deve entender que precisa estudar para não desperdiçar o ano, ter responsabilidade pelo estudo e não pelo compromisso de passar”, diz;
  • O objetivo de estudo durante o ano é de cumprir o papel de estudante de buscar conhecimento, segundo a psicóloga. “Através disso, ele vai passando a mensagem que às vezes, o filho pode não ter no vestibular uma medida correta do conhecimento”, destaca Rita.

O impacto no comportamento e na saúde

Cobranças ou insinuações do tipo “vai precisar trabalhar para pagar o cursinho no próximo ano” ou “estou fazendo o esforço para pagar o cursinho” devem ser mantidas à distância, segundo a psicóloga, pois só deixam o candidato ainda mais tenso.

“Isso só faz aumentar o medo, a ansiedade do estudante, prejudicando o desempenho na prova. O que deve ser enfatizado pelos pais nessas horas é a importância do estudo para crescimento pessoal e a aprovação como uma consequência não apenas do que estudou, mas também da tranquilidade que tem para realizar a prova.”

Rita também orienta os pais a estimularem os filhos a passear com amigos ou fazer uma atividade de que goste para diminuir a tensão.

Os especialistas ainda recomendam os pais a não fazerem comparações, demonstrarem confiança no filho, entenderem a mudança de humor, que cada estudante reage à tensão de uma forma diferente, desestimular o estudo na véspera, ficar atento à alimentação do filho e ao sono, já que alguns viram noites estudando e pulam refeições.

“Nessa etapa é importante que os pais apoiem e contenham a ansiedade. Devem aproveitar que são mais experientes e valorizar o trabalho que o filho fez ao longo do ano. Reconhecer que tudo o que foi possível fazer o filho fez e que agora é hora de colher os resultados. E se a aprovação não vier ele terá outras oportunidades”, completa Célio Tasinafo, diretor pedagógico do cursinho Oficina do Estudante.

Equipe Comportamento e Saúde

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