"Antidepressivos tratam a dor da depressão, mas não curam a culpa e nem a angústia da solidão", explica Augusto Cury.
O que é depressão?
É uma enfermidade incapacitante que têm como característica principal o predomínio anormal de tristeza e a perturbação do estado de humor.
A depressão é uma doença que afeta a pessoa como um todo e compromete o corpo e a mente (humor e pensamento), ou seja, afeta a forma como você se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e o que pensa sobre as coisas.
Outra característica importante é o fato da depressão ser precipitada por uma situação marcante, como por exemplo, uma gravidez seguida de um parto (em cada 10 gestantes 2 apresentam depressão pos parto).
Existem 10 subtipos de Transtornos de Humor, dentre eles a Depressão Pós Parto, Distimia e Transtorno Afetivo Bipolar.
Como é estar com Depressão?
A Depressão afeta cada pessoa e cada sexo de maneira diferente, mas podemos destacar os sintomas mais comuns:
Sintomas físicos
- Diminuição do vigor (falta de energia);
- Dores no corpo sem causas detectadas
- Alteração no apetite;
- Cansaço físico exagerado;
Sintomas psíquicos
- Tristeza persistente;
- Desânimo;
- Perda de interesse sexual;
- Pensamentos negativos;
- Insônia;
- Alteração do apetite;
- Incapacidade de tomar decisões;
- Falta de vontade até mesmo de fazer coisas que eram agradáveis e se tornaram sem graça como tomar banho, ver tv ou ler um jornal.
Quais são as causas da Depressão?
Fatores Psíquicos.
- Perturbações e Traumas ocorridos durante o desenvolvimento e a formação da Personalidade caracterizam um quadro propício para o surgimento da enfermidade.
- Exposição a circunstâncias traumáticas que são persistentemente revividas em recordações, sonhos ou até fazem parte do cotidiano do indivíduo.
Fatores Genéticos. Predisposição de 20 a 40% de desenvolvimento da doença em pessoas que têm pai ou mãe depressivos (hereditariedade).
Fatores Bioquímicos. Estudos demonstram que pessoas que sofrem de Depressão apresentam déficits de hormônios como serotonina e noradrenalina no cérebro durante o episódio depressivo.
Quem tem mais chance de ficar com Depressão?
- Mulheres em período pós-parto;
- Filhas (os) de casais em crise;
- Filhas (os) de pais depressivos;
- Pais em processo de separação;
- Pacientes de doenças físicas graves;
- Pessoas que passaram por luto de um ente próximo;
- Pessoas que passaram por uma grande desilusão;
- Pessoas que já passaram por episódios depressivos (Exemplo: luto,separação,etc);
- Pessoas com histórico de alcoolismo ou droga-dependentes.
Importante 1: Em mulheres a doença é duas vezes mais comum do que nos homens.
Importante 2: A tristeza é um sentimento que todos tem e faz parte da vida. Perder um pai, terminar um relacionamento são situações que deixam qualquer um de “baixo astral”. Ela vira doença quando estes sentimentos negativos dominam a pessoa 24 horas por dia.
E quem não se trata?
A demora para o tratamento leva a muitos prejuízos individuais (orgânicos e psíquicos) e as doenças psicossomáticas surgem como a principal conseqüência dos desajustes dos processos psíquicos do indivíduo.
A curto prazo, a depressão gera um estado de desesperança e pessimismo constante, que afeta o pensamento, julgamento e o comportamento social.
A longo prazo, a depressão se torna crônica e incapacitante, ocorrendo outras crises com o aumento da intensidade do sofrimento. Muitas vezes há um desejo suicida que faz com que a depressão seja uma das principais causas de suicídio, principalmente em pessoas deprimidas que vivem solitariamente. Você sabia?
Como é feito o diagnóstico e o tratamento?
Como não existe um exame laboratorial específico para o diagnóstico da depressão é fundamental a avaliação de um especialista em Saúde Mental (profissional psicólogo e/ou psiquiatra).
O mais indicado nestes casos em que a fragilidade psíquica do indivíduo fica evidente é o tratamento psicológico, a conhecida PSICOTERAPIA (que pode ser combinada com medicamentos em alguns casos).
Mas para que não haja evolução deste quadro é fundamental o apoio da família e amigos, pois o preconceito pode ser uma barreira ao tratamento.
Portanto no caso do aparecimento de alguns dos sintomas descritos não hesite em procurar um especialista em Saúde Mental (profissional psicólogo e/ou psiquiatra), juntos eles indicarão o melhor tratamento para o alívio desta enfermidade.
Importante: Remédios são importantes aliados, mas o tratamento psicológico é imprescindível.
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