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Fertilização com 3 DNAs é aprovado na Inglaterra

Primeiros bebês com três genitores devem começar a nascer em breve.

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Mudança genética

O parlamento britânico aprovou nesta terça-feira (3/mar) o projeto que libera a fertilização de embriões com o DNA de três pessoas diferentes. O resultado no parlamento britânico foi esmagador. De cada 4 votos, 3 foram favoráveis à pesquisa que permite a criação de embriões com três genitores: um paie duas mães.

O procedimento impede as chamadas doenças mitocondriais, provocadas por defeitos genéticos transmitidos apenas pela mãe. Atingem o cérebro, os músculos, o fígado e podem levar à morte.

Caso real

Olívia herdou o defeito genético e tem problemas de audição e visão.“E quando eu tiver um bebê, a expectativa de vida será muito pequena. Isso é devastador para uma mulher”, diz ela.

Um jeito de entender a técnica é usando um ovo. Imagine que os genes defeituosos estejam na clara e todos os demais genes, aqueles responsáveis pela aparência por exemplo, estão na gema. Ela é transferida para um outro ovo, totalmente sadio, que terá a sua gema descartada. O resultado é um embrião sem nenhum defeito genético.

A técnica foi criada na Universidade de Newcastle, na Inglaterra. Como no exemplo do ovo, o núcleo do óvulo da mãe é transferido para o óvulo de uma outra mulher, que não terá direito nenhum sobre a criança e transmitirá menos de 1% de material genético para o bebê. O procedimento também pode ser feito depois que o óvulo for fecundado.

A Igreja Católica, a Anglicana e alguns cientistas são contra. Temem que seja o primeiro passo para a criação de bebês geneticamente modificados para determinar as características físicas, por exemplo. “Cruzamos uma fronteira que não deveríamos ter cruzado”, diz o presidente de um grupo que combate esse tipo de pesquisa.

O impacto no comportamento e na saúde

Inédita no mundo, a decisão está sendo saudada como o primeiro passo para mudanças mais radicais na ciência e na legislação que possibilitariam avançar os limites biológicos da humanidade. É isso que defendem os adeptos do transhumanismo, um movimento que pretende aumentar as capacidades física, intelectual e até emocional dos seres humanos por meio da genética, da nanotecnologia e da neurociência.

Equipe Comportamento e Saúde

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