Qual o motivo faz com que os filhos sofram tantos conflitos e fiquem tão vulneráveis mentalmente nas famílias modernas?
Casados, juntados, parceiros, companheiros, namorados, homossexuais, heterossexuais. Não importa. A partir do momento em que 2 (ou mais) pessoas resolvem constituir uma família surgem as alegrias, em seguida as responsabilidades, depois as regras e por fim, os conflitos.
Na realidade, a família sempre foi o alicerce e a primeira escola na vida de qualquer ser humano, mas nos últimos anos isso passou a sofrer uma mudança, pois hoje em dia pai e mãe trabalham e os filhos são inseridos no ambiente escolar logo a partir de seu 1o ano de vida. E lá ficam, distante dos pais durante o dia todo (e alguns casos até o início da noite) onde são estimulados à obtenção de conhecimento escolar, apenas.
Este é um fato triste e difícil, mas também é uma realidade social, pois hoje em dia o propósito da união de um casal raramente é a boa formação dos filhos (claro que existe essa intenção, mas ela está em segundo plano). O propósito que fica mais claro nos casais ainda é a própria satisfação, quer seja de um desejo, seja ele sexual ou financeiro, pois ainda se vê na união matrimonial como uma forma para o encontro da tal felicidade.
Este é um bom exemplo do mundo moderno ao qual estamos submetidos à grandes revoluções (sociais, científicas e tecnológicas) e que são responsáveis por profundas alterações no comportamento, no estilo de vida e na saúde (física e mental).
A partir deste quadro, é possível constatar que a família sofre impactos diretos que causam nos pais muitas dúvidas que demandam uma capacidade de organização de ideias que por diversas vezes eles não possuem tempo e tampouco habilidade para compreender. Isto é um problema.
De forma geral, o mundo dos pais continua o mesmo e seus valores sólidos servem como base para a manutenção do equilíbrio da família, enquanto que os jovens são bombardeados por estímulos que nem sempre convergem com os ideais familiares. Pronto, é neste exato momento que surge o ambiente perfeito para os conflitos de ideias entre pais e filhos.
Mas em qual momento os pais conversam olho-no-olho com os filhos? Ultimamente esta resposta é clara: só na hora da discussão.
Equipe Comportamento e Saúde (Sandro Tubini, psicólogo)
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