O grupo de risco formado por obesos, diabéticos, hipertensos e tabagistas aumentou, agora, os estressados compõem este grupo, informa o Dr. Sandro Tubini.
O gatilho para o infarto é o Estresse
Até pouco tempo atrás, o que se sabia sobre o grupo de risco para infartos é que era basicamente formado apenas por obesos, diabéticos, hipertensos e tabagistas. Era, mas agora esta lista aumentou, a novidade é que os estressados também compõem este grupo e o pior, as mulheres estão encorpando esta lista.
É o que garante o chefe do laboratório de Biologia Molecular do Instituto Dante Pazzanese, Marcelo Ferraz Sampaio, que afirma que doenças como Depressão e outros distúrbios psíquicos (Ansiedade, Estresse, Pânico, etc) estão entre as causas do surpreendente número de infartos de pacientes jovens, na maioria mulheres e saudáveis. “Observávamos, ao fazer a identificação da artéria, que o coração tinha infartado, mas não havia lesão. Começamos, então, a desvendar como essa artéria poderia ter provocado a restrição do fluxo, por mais de 20 minutos, sem ter nenhum comprometimento.”
O médico revela que nos últimos anos, o índice de infartos atípicos no setor de emergência do hospital foi surpreendentemente alto. Além disso, os pacientes apresentavam características clínicas semelhantes: jovens, mulheres, saudáveis e agora, com incidentes cardíacos severos.
Mente sã, corpo são
Tudo leva a crer que, existe um outro fator responsável pelo número elevado desta ocorrência, uma vez que, todos os pacientes são saudáveis. É o que afirma Dr. Sandro Tubini (psicólogo e psicoterapeuta da capital paulista). “É claro que um estilo de vida atual baseados na pressão e competitividade (no trabalho, em casa, nos relacionamentos) gera em excesso, um elevado nível de tensão. Tudo isso adicionado aos conflitos contínuos da vida torna-se uma combinação perigosa para qualquer coração saudável, pois somos de carne e não de ferro. As Crises de Pânico são um exemplo claro de como sofre o coração.”
Veja abaixo o depoimento de Iris Galetti, física e professora de pintura, sofreu um infarto atípico grave em janeiro de 2008: “Jamais pensei que eu poderia infartar. Minha família tem histórico de câncer, não de problemas cardíacos. Achei que os médicos estavam errados. Nunca fui hipertensa, sedentária, e tenho uma verdadeira obsessão por alimentação saudável.”
“O que parece estar faltando de forma geral à sociedade é o reconhecimento que o mundo moderno se rendeu ao estresse e às outras patologias psíquicas. Por isso, aprender a fazer escolhas que nos proporcione qualidade de vida não possui nenhuma contra indicação, pelo contrário, é a única forma de se conseguir um processo de assepsia e fortalecimento mental que pode nos proteger das surpresas da vida”, completa o especialista.
O que ficou claro com estes dados é que não basta focar o corpo e se esquecer da mente, ambos fazem parte do ser humano e merecem tratamento adequado.
Equipe Comportamento e Saúde
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