"O importante não é tratar a vontade de vingança, mas sim a forma da pessoa enfrentar seus desafios e frustrações", explica o Dr. Sandro Tubini, psicólogo.
O que é vingança?
Ora, em termos simples, a vingança nada mais é que um desejo constante de se fazer com que um elemento sofra o bastante para “igualar” o mal que ele tenha feito a outro indivíduo ou grupo.
Esse entendimento é o que o senso comum nos apresenta e de certa forma, resume o que todos nós sabemos sobre vingança, mas essa definição não explica o que acontece com a mente e com a vida desta pessoa que nutre este sentimento dentro de si mesmo. Veja:
- Ego em defesa – É comum que nestes casos, a pessoa sinta a agressão dentro de si, na mente, especificamente lá dentro do Eu. Assim, o Eu fica machucado e entra em estado de alerta e defesa;
- Identidade de vítima – A pessoa que sente a dor causada por outro, pode sentir em si um sentimento de que foi injustiçado e de que é uma vítima;
- Dor de machucado – A pessoa que nutre o sentimento de vingança, pode sentir dentro de si uma dor semelhante a uma dor de machucado comum, só que atinge o eu, e ego;
- A vingança aciona a ansiedade – O desejo de ver o outro “pagando pelo que fez” faz com que se fique com anseio profundo e também o deixa com grande expectativa para que o tal “mal” se aplaque sobre a vida do algoz.
O impacto no comportamento e na saúde
“Ora, se está vontade ou desejo de vingança for algo raro, que ocorre uma vez na vida e nada mais, é possível se tratar de quadro comum e que não vai gerar tanto impacto na vida desta pessoa. Agora, se a pessoa vive com esses pensamentos, recorrentemente, isso com certeza mostra uma grande dificuldade de relacionamento e que já deve afetar gravemente suas relações interpessoais.
Neste caso, o importante não é tratar a vontade de vingança, mas sim a forma da pessoa enfrentar seus desafios e frustrações”, esclarece o Dr. Sandro Tubini, psicólogo e psicoterapeuta da Clínica de Comportamento e Saúde.
Equipe Comportamento e Saúde
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