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Palmada educa? Pais devem conhecer consequências

"Para se educar existe a necessidade de punição? Educação é relacionado à obtenção de conhecimento e não tem nada a ver com bater, nem com agressão", explica o Dr. Sandro Tubini, psicólogo.

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Palmada educa?

Os comportamentos violentos na educação sempre têm consequências negativas para a formação de crianças e adolescentes e são os maiores responsáveis por gerar adultos agressivos.

Algumas pessoas defendem que adultos façam uso da palmada e de outros comportamentos agressivos para impor limites e educar as crianças, mas quem estuda o assunto a fundo sabe que esse não é o melhor caminho para uma educação saudável.

Disciplina Eficaz para Criação de Adultos Saudáveis

Em 5 de novembro de 2018, a Academia Americana de Pediatria (AAP) apresentou uma nova política chamada de “Effective Discipline to Raise Healthy Children” (“Disciplina Eficaz para Criação de Crianças Saudáveis”), na qual expõe estratégias para educar as crianças sem o uso de palmada ou outras formas de violência física, nem psíquica.

A ideia é que o documento seja uma referência para profissionais da área da saúde como psicólogos e pediatras, também para pais e até educadores, sendo um guia para uma forma de educar saudável e que leve em conta as necessidades físicas e emocionais da criança, respeitando o tempo dela e garantindo seu desenvolvimento pleno.

A organização, que é uma das maiores autoridades de pediatria do mundo, comprova com base em estudos que o uso de violência na educação é algo extremamente ineficaz e que tem sérias consequências para o desenvolvimento cerebral, prejudicando a vida jovem e adulta.

“Para se educar existe a necessidade de punição? Educação é relacionado à obtenção de conhecimento e não tem nada a ver com bater, nem com agressão”, explica o Dr. Sandro Tubini, psicólogo.

Para toda ação tem uma reação

Na conferência da Academia Americana de Pediatria foi exposto que as crianças que sofreram agressões mais de duas vezes por mês até os 3 anos de idade mostraram um comportamento mais agressivo aos 5 anos de idade. Aos 9 anos, estas mesmas crianças apresentaram comportamentos negativos.

Outra pesquisa apontou de que maneira as agressões às crianças interferem no desenvolvimento cerebral. Comportamentos como bater, xingar e até mesmo gritar com as crianças pode fazer com que os hormônios do estresse aumentem e podem alterar a forma de cérebro.

O abuso verbal também é relacionado com problemas mentais em pré-adolescentes e adolescentes.

Ou seja, as agressões físicas e psíquicas devem estar cada vez mais distantes da realidade das famílias e da educação . “A boa notícia é que cada vez menos pais têm usado palmadas em relação ao passado. Podemos melhorar!”, diz Robert D. Sage, um dos autores da nova política da Academia Americana de Pediatria.

Equipe Comportamento e Saúde (IG)

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