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Aumento de consumo de álcool por meninas: o que fazer?

As consequências comuns do uso de álcool por jovens, em geral, são o blecaute alcoólico e a queda no desempenho escolar.

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Álcool e as meninas

Nos últimos anos, têm aumentado significativamente o consumo de álcool por meninas adolescentes e mulheres, não só em relação à quantidade, mas também com relação à frequência de uso. Isso é notório em qualquer lugar, quer seja festas de família, barezinhos ou qualquer outro tipo de balada.

Por que as adolescentes estão bebendo mais?

Uma das hipóteses é que, semelhante ao que ocorre com os meninos, as meninas adolescentes querem ser aceitas socialmente e o álcool faz parte desse cenário, pois ajuda a desinibir. Além disso, as jovens associam o uso do álcool com o perfil de poder e independência da mulher moderna que, atualmente, ocupa cargos de destaque na sociedade.

Apesar de haver a equiparação socioeconômica entre os gêneros, é importante ressaltar que fisiologicamente as mulheres são mais sensíveis aos efeitos do álcool. Um dos motivos é a menor quantidade de água presente no corpo delas, e isso faz com que a substância fique muito mais concentrada em seu organismo. As mulheres também apresentam menores níveis das enzimas que metabolizam o álcool, demorando mais para eliminá-lo do organismo.

As consequências frequentes do uso de álcool por jovens, em geral, são o blecaute alcoólico e a queda no desempenho escolar. Além disso, ainda podemos destacar o maior risco para sexo sem proteção, doenças sexualmente transmissíveis (DST) e para as meninas adolescentes, a gravidez indesejada.

O que pode ser feito?

A Dra. Daniele N. Tubini, psicóloga, explica que “Existem vários fatores que levam um pessoa a fazer uso de uma substância que altere sua consciência, mas infelizmente é uma realidade comum o uso de drogas licitas/ilícitas em nossa sociedade. Por este motivo, o exemplo correto por parte dos pais é sempre o mais importante”.

“A questão principal é impedir que os pais aceitem passivamente esta situação e para isso o primeiro passo é agir, especialmente se eles são contra este tipo de comportamento”, afirma o Dr. Sandro Tubini, psicólogo. “Agora, a questão central está na dificuldade do adolescente em seguir regras e saber usar o limite (dizer NÃO para si mesmo), afinal com certeza outros sinais devem ter sido dados durante a pré-adolescência deste jovem. Por isso é importante estar sempre atento para se agir o quanto antes, pois é muito mais fácil um tratamento na pré-adolescência do que na adolescência ou maturidade”, completa o especialista.

“Mas, acima de tudo, mostrar parceria é o mais importante para que a medida tenha sucesso. Dar o exemplo, estar sempre aberto ao diálogo e ser amigo do seu filho, para que se estabeleça uma relação de confiança mútua, são passos importantíssimos para evitar o uso precoce – e sempre inapropriado – de álcool”, completa o Dr. Arthur G. Andrade, psiquiatra.

Equipe Comportamento e Saúde (MinhaVida)

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