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Ausência do pai afeta a saúde dos filhos mais do que se imaginava

"As crianças precisam de pais: eles são muito importantes. Têm um papel econômico, dão amor e atenção, estabilidade e coesão – e são modelos”, explicou o cientista Daniel Notterman.

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Ausência paterna

Um estudo descobriu que um pai ausente – seja por morte, prisão ou divórcio – tem impacto em um importante componente do DNA ligado à longevidade.

Crianças que crescem sem um pai em casa têm telômeros mais curtos, diz um novo estudo. Os telômeros são as extremidades dos cromossomos, que impedem o seu desgaste e afetam a saúde e a longevidade – um tipo de relógio biológico, cujo encurtamento está associado a uma gama de problemas de saúde, incluindo a obesidade e a demência.

Os efeitos são mais significativos em crianças cujos pais morreram ou foram presos antes que elas completassem 5 anos. Crianças de 9 anos cujos pais estão ausentes têm telômeros com o comprimento 14% menor comparadas a crianças cujos pais moram com elas. Se a razão da ausência é que o pai já morreu, esse número sobre para 16%.

O impacto no comportamento e na saúde

As descobertas são ainda mais relevantes para os meninos, que são afetados 40% mais do que as meninas pela ausência do pai. Além disso, também são mais afetadas as crianças que têm tendências genéticas à ansiedade e à depressão.

O estudo diz ainda que uma renda familiar estável parece mitigar esse risco, sobretudo em crianças cujos pais se divorciaram – casos em que a diminuição dos telômeros pontua um percentual menor, de 6%. A diminuição da renda no lar da criança depois de um divórcio contribui com 95% do encurtamento dos telômeros, segundo o estudo.

“Não conseguimos provar as razões para isso, mas temos especulações. As crianças precisam de pais: eles são muito importantes. Têm um papel econômico, mas também dão amor e atenção, estabilidade e coesão – e são modelos”, explicou o cientista Daniel Notterman. “É importante que os responsáveis pelas políticas públicas pensem em maneiras de diminuir esses efeitos adversos nas crianças”.

Equipe Comportamento e Saúde (SempreFamilia)

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