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Pais viciados em smartphones afetam comportamento dos filhos

"As crianças dependem dos pais para tudo e precisam se sentir conectados com eles, mas ao acessar as redes sociais ocorre uma ruptura do contato que gera uma rejeição emocional", explica o Dr. Sandro Tubini, psicólogo.

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Smartphones prejudicam família

Não é novidade que o uso excessivo de smartphones pode causar diversos problemas de saúde e comportamento. Mas, geralmente, isso está associado ao usuário. Agora, um novo estudo sugere que o vício em redes sociais pode atrapalhar outras pessoas. A pesquisa, publicada na quarta-feira na revista científica Child Development, mostrou que o uso excessivo de smartphones pelos pais, pode afetar o comportamento dos filhos.

Foi analisado quantas vezes os pais paravam de dar atenção aos filhos para acessar seus dispositivos. Em seguida, a equipe de pesquisadores analisaram o comportamento das crianças. Veja os números:

  • quase metade dos pais, cerca de 48%, disse interromper as atividades com os filhos três ou mais vezes por dia por causa da tecnologia;
  • Outros 27% faziam isso duas vezes diariamente e 17%, só uma vez;
  • Apenas 11% dos pais disseram que isso nunca acontecia.

Redes sociais

Os filhos de pais que utilizam frequentemente a tecnologia digital são mais propensos a apresentar problemas de comportamento, provavelmente motivados pelo sentimento de rejeição. Os pesquisadores acreditam que as constantes interrupções geradas por mensagens nas redes sociais, como o Facebook, atrapalham momentos entre pais e filhos, como brincadeiras e refeições, fazendo com que as crianças tentem chamar atenção de outras formas, por meio de surtos repentinos ou atitudes inadequadas, por exemplo.

Segundo os autores, até mesmo pequenas pausas em uma conversa para checar o celular podem gerar irritabilidade nos pequenos. A longo prazo, essa situação pode deixar as crianças hiperativas e até mesmo depressivas.

“As crianças dependem dos pais para tudo e precisam estar conectados com eles, mas quando os pais acessam as redes sociais ocorre uma ruptura do contato que gera uma rejeição emocional que é muito nociva às crianças”, explica o Dr. Sandro Tubini, psicólogo.

“Também é possível que os pais de crianças com dificuldades comportamentais sejam mais propensos a se retirar ou desestressar com a tecnologia durante o tempo em que passam com os filho. É realmente difícil processar todas as informações, entre as redes sociais e os interesses sociais e emocionais de nossos filhos, ao mesmo tempo”, disse Jenny Radesky, professora de pediatria da Universidade de Michigan, ao Daily Mail.

Quando questionados se achavam que o uso dos smartphones atrapalhava seu relacionamento com os filhos, as mães eram mais propensas a admitir que sim, em comparação com os pais.

De acordo com a Common Sense Media, organização sem fins lucrativos que avalia a relação da mídia e tecnologia entre crianças e responsáveis, pais com filhos com idade entre 8 e 18 anos passam, em média, mais de nove horas por dia nas mídias sociais.

Equipe Comportamento e Saúde (Veja)

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