As academias são locais específicos para a atividade física cujo objetivo pode ser a saúde ou a estética. Normalmente, os usuários que buscam a saúde
As academias são locais específicos para a atividade física cujo objetivo pode ser a saúde ou a estética. Normalmente, os usuários que buscam a saúde tem um certo padrão de comportamento que envolve regras, disciplina e dedicação.
Mas existe um outro grupo, dos usuários que desejam apenas o desenvolvimento estético, muitas vezes a qualquer preço.
Nas academias ouve-se muito falar sobre os anabolizantes. Eles são famosos entre os jovens que frequentam academia e buscam por soluções estéticas rápidas para se adequar à ditadura de beleza atual, mas que na verdade, estas substâncias têm muito pouco a ver com uma juventude saudável.
Uma pesquisa feita com camundongos no Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da faculdade de Medicina da USP (FMUSP) concluiu que anabolizantes freqüentemente diminuem a produção de receptores de serotonina em regiões do cérebro relacionadas ao controle de agressividade. A serotonina, uma substância responsável por controlar emoções fortes, não pode passar informações de um neurônio para o outro neurônio sem a ação do receptor, cuja quantidade fica prejudicada pela ação das “bombas”. Por isso, usuários das chamadas “bombas” – esteróides em massa – têm grande chance de se tornarem mais impulsivos e agressivos.
Além disso, nos testes, os camundongos que tomaram anabolizantes também se mostraram mais ansiosos, detectando outros sintomas além da agressividade.
Mas além dos fatores químicos que envolvem os anabolizantes, também existem os fatores psicológicos. “Do ponto de vista psíquico, alguém que sinta que precisa de uma substância para conseguir algo mais em seu organismo e no seu desempenho, inevitavelmente, não se encontra com um padrão de confiança em nível satisfatório. Só isso já é um terreno fértil para alteração de comportamento com direito á diversos sintomas e transtornos. E que fatalmente desencadeará um desequilíbrio em sua estrutura de ego, facilitando reações adversas de raiva ou de humor, tornado-o mais agressivo ou ansioso”, explica Sandro Tubini (psicólogo e psicoterapeuta da capital paulista).
Equipe Comportamento e Saúde.
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