O período mais cuidadoso para a família deve ser tratado com toda tranquilidade e atenção que só um processo acolhedor e não-medicamentoso como a psicoterapia pode oferecer, pontua o Dr. Sandro Tubini, psicólogo.
Um estudo realizado na Faculdade de Medicina da USP (e publicado no Journal of Psychosomatic Obstetrics & Gynecology) relata que um terço das gestante atendidas na rede pública sofre com os sintomas da Ansiedade e da Depressão.
O pesquisador Alexande Faisal afirma que a relação entre esses transtornos na gravidez e complicações no parto ou no próprio peso do bebê ao nascer é controverso. “Uma revisão recente de diversos estudos defende a associação, mas ao mesmo tempo diz que é modesta e que depende de contexto socioeconômicos.”
O impacto no comportamento e na saúde
Para o Dr. Sandro Tubini (psicólogo e psicoterapeuta da Clínica de Comportamento e Saúde) as psicopatologias são sinais importantes durante a gestação e que merecem extrema atenção. “É o período mais importante para toda a família e por isso, os sintomas ansiosos e depressivos devem ser tratados com tranquilidade através de um processo não-medicamentoso. Nestes casos a primeira linha de tratamento é a psicoterapia que não apresenta nenhuma contra-indicação, ao contrário, é de grande valia para a grávida que pode expor suas fantasias e expectativas através de um ambiente acolhedor e receptivo”.
O tratamento da Depressão durante a gravidez pode envolver o uso de medicamento, mas de forma criteriosa. O pesquisador afirma que existem trabalhos associando alguns tipos de antidepressivos a malformações feitas, por isso é necessário avaliar muito bem o custo-benefício do tratamento, além de evitar a prescrição no primeiro trimestre de gestação e tentar sempre a menor dose possível. Já para casos leves ou moderados, a primeira opção pode ser a psicoterapia, que gera melhora dos sintomas em 60% da vezes.
Equipe Comportamento e Saúde.
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