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O que fazer com o medo do escuro das crianças?

"Brinque com eles. Entre na brincadeira e invente uma maneira de 'espantar o monstro'. Eles vão aprender e repetir esse comportamento", explica a Dra. Daniele N. Tubini, psicóloga e mãe do Alex.

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Medo de escuro

Monstros, fantasmas, escuro… Apesar de tudo o medo é positivo em vários aspectos, pois na prática, ele evita que nós nos coloquemos em situações de risco.. “É um mecanismo de defesa, um instrumento que o ser humano tem para se proteger. Em doses equilibradas ele é saudável e nos mantém vivos”, explica Deborah Moss, neuropsicóloga especialista em comportamento e desenvolvimento infantil, mãe de Ariel e Alicia.

Até certo ponto, é considerado normal que seu filho sinta um desconforto na hora de dormir, principalmente no escuro. Deborah explica que o medo só se torna um problema quando interfere nas relações sociais e no dia a dia de forma excessiva, fazendo com que a criança se torne refém desse sentimento. Então não se preocupe com temores pontuais, mas fique atento àqueles que atrapalham a vida.

Imaginação dos pequenos

Quando muito pequenas, as crianças ainda não sabem diferenciar realidade de imaginação. Por isso, quanto menor for seu filho, mais provável é que ele tenha um medo originado da imaginação. Na medida em que ele cresce, os temores passam a ser mais concretos.

A primeira coisa que você deve considerar é que, na fase da fantasia, não adianta dizer que monstro não existe. É a mesma coisa que falar para alguém que tem medo de filme de terror que aquilo é um set de filmagem. Com as crianças, o ideal é usar recursos lúdicos. Deborah conta que seu filho Ariel tinha medo de um desenho de monstros quando era pequeno. Para lidar com isso, ela entrou na imaginação junto com ele.

Enquanto ele tinha medo de que um monstro entrasse no apartamento, ela dizia: “Quando o monstro chegar, o porteiro vai interfonar e perguntar se o Ariel convidou o monstro. Aí a gente vai falar que não e ele vai voltar para a casa dele. Depois, a mãe dele vai ficar muito brava porque não se vai à casa dos outros sem ser convidado”. Isso funcionava para que o menino ficasse mais tranquilo.

O impacto no comportamento e na saúde

O medo sempre vai fazer parte da vida, o que muda é a intensidade, o tipo de receio e nossa forma de lidar com ele. Por isso, sem dúvida, é bom saber que tem um adulto acolhendo e levando a sério sua angústia. Crianças precisam se sentir protegidas e amparadas para se desenvolverem de maneira saudável.

Por isso, a Dra. Daniele N. Tubini, psicóloga e mãe do Alex, explica o que fazer quando surgirem estas situações de medo. Veja:

  1. “As crianças ainda não sabem como reagir, por isso elas precisam ver o papai e mamãe agindo”;
  2. “Brinque com eles. Entre na brincadeira e invente uma maneira de ‘espantar o monstro’. Eles vão aprender e repetir esse comportamento”;
  3. “Diga: eu vou espantar este monstro com minha espada e ele vai embora. Tchau, monstro!!!”

Equipe Comportamento e Saúde (PaiseFilhos)

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