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Estresse na infância pode resultar em depressão

O estresse na infância desencadeia uma reação que impede o curso normal de desenvolvimento e leva a outros transtornos psíquicos, explica a Dra. Daniele N. Tubini

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Estresse na infância

A infância é um período de nossa vida que pode lembrar paz, tranqüilidade, alegria e diversão e isto não deveria ser diferente, pois é o período do desenvolvimento psíquico e orgânico da criança que será a base para torná-lo um adolescente saudável e depois, um adulto capaz.

Uma situação anormal (como interrupção ou inibição) em seu desenvolvimento poderá comprometer seriamente a formação de sua Personalidade e, por conseqüência, toda a sua vida futura.

O Estresse Infantil é uma doença que influencia o Desenvolvimento Psíquico da criança em sua estrutura de ego (autoconfiança, auto-respeito e auto-imagem) e que, se não tratada, pode evoluir para um quadro de Depressão Infantil, que nesta faixa etária é muito grave, pois comprometerá toda a formação de sua personalidade.

Uma criança neste processo tenderá a ser menos social, mais isolada e tímida. Suas reações serão caracterizadas pelo medo, pela tristeza, apatia e agressividade, compondo assim, um campo fértil para o desenvolvimento de um quadro de Depressão Infantil.

Fases do Estresse e seus sintomas na mente e no corpo

São três as fases do Estresse: a leve, a moderada e a exaustão.

  • A fase leve compõe uma sintomatologia de agressividade, irritabilidade, medo ou choro excessivos, o que equivale ao início da fase mental da doença;
  • Na fase moderada, os sintomas transitam entre físicos e mentais, como de insônia e pesadelos para ânsias, dores e diarreias, o que equivale à mudança gradativa da fase mental para a corporal;
  • Na fase de exaustão, há o desenvolvimento de doenças físicas como asma, bronquite, alergias e esta fase é a fase mais comum da procura dos pais por tratamento, o que é um erro, pois a fase da exaustão é quando a doença não está só na mente e já comprometeu o órgão mais frágil do organismo.

Como esta é a fase corporal da doença, onde os sintomas se desenvolvem no corpo como doenças instaladas, há uma maior preocupação dos pais, pois os sintomas são mais visíveis.

Fatores de risco

As mudanças em seu ambiente podem ser divididas em 3 categorias:

  • Grandes acontecimentos (pouco freqüentes e profundos) tais como, separações e morte dos pais ou irmãos, bullying, abusos e maus tratos sexuais, físicos e psíquicos;
  • Acontecimentos do cotidiano (mais freqüentes e desgastantes): mudanças de casa, cidade ou escola, doença ou hospitalização da própria criança, dos pais ou irmãos, nascimento de outros irmãos;
  • Conflitos contínuos da vida (menos freqüentes e inesperados): brigas entre os pais, excesso de exigências sociais do rendimento da criança, assim como o acúmulo de tarefas escolares e extra-escolares.

Sendo assim, “As alterações de comportamento da criança pode ser percebidas e devem ser levadas em conta pelos pais, pois sempre que há alguma mudança é sinal de que algo ocorreu e deve ser investigado por um especialista em saúde mental”, explica Daniele N. Tubini, psicóloga e psicoterapeuta da capital paulista.

Equipe Comportamento e Saúde

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