A capacidade de se perceber com direitos e de poder ser amigo de si mesmo foi privada de muitas pessoas de nossa sociedade. É um holocausto mental, explica o Dr. Sandro Tubini (psicólogo e psicoterapeuta da Clínica de Comportamento e Saúde).
A auto compaixão é uma forte aliada para se lidar com a dor da separação causada pelo divórcio.
Crise ou oportunidade?
Os pesquisadores americanos explicaram que a autocompaixão é uma combinação de bondade consigo mesmo e da capacidade de deixar passar emoções dolorosas, portanto é capaz de promover resiliência e resultados positivos diante de um divórcio.
A pesquisa foi realizada com casais que separaram realmente, foram 38 homens e 67 mulheres com idade média de 40 anos que foram casados por mais de 13 anos e se divorciaram há três ou quatro meses, em média. Aqueles com níveis mais elevados de autocompaixão foram capazes de se recuperar mais rapidamente a partir do impacto emocional do divórcio.
Menos ansiedade
“Não estamos interessados na declaração básica de que as pessoas que lidam melhor com o divórcio hoje irão melhorar ainda mais daqui nove meses. Isso não ajuda ninguém”, disse o co-autor do estudo David Sbarra num comunicado. A parte surpreendente, segundo ele, é que quando observaram várias características positivas, como autoestima, otimismo ou a facilidade com relacionamentos, a autocompaixão era a única que trazia bom resultados aos recém-divorciados.
“Não é fácil dizer: ‘seja menos ansiosa.’ Você não pode mudar sua personalidade tão facilmente. O que você pode mudar é a postura com relação a sua experiência”, afirma Sbarra. Ele diz ainda que se as pessoas divorciadas forem capazes de ver a sua perda como parte de uma experiência humana mais ampla e aceitarem os sentimentos de mágoa ou ciúmes sem julgamento, podem se sentir menos ansiosas e isoladas.
O impacto no comportamento e na saúde
“Mais um vez, vemos a ciência confirmando o valor da psicoterapia. A capacidade de se perceber com direitos e de poder ser amigo de si mesmo foi privada de muitas pessoas de nossa sociedade. É um holocausto mental. Agora, não confunda vitimização com o saber se perdoar, é uma linha muita fina que separa estas estâncias” , explica o Dr. Sandro Tubini (psicólogo e psicoterapeuta da Clínica de Comportamento e Saúde).
Equipe Comportamento e Saúde
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