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Mulher com câncer cria personagens e supera doença

Mulher com câncer dá show, escreve livro e dá palestras sobre como sobreviver a cada dia rumo à vitória. Crise ou oportunidade? Está se tornando cad

Procrastinar afeta a vida pessoal e prejudica a saúde
Só 18% das mulheres percebem quando são paqueradas
Compaixão de si ajuda a superar o trauma da separação

Mulher com câncer dá show, escreve livro e dá palestras sobre como sobreviver a cada dia rumo à vitória.

Crise ou oportunidade?

Está se tornando cada vez mais comum o número de mulheresque superam esta situação e apresentem um crescimento pessoal ao passar pela experiência do câncer (que hoje em dia já caminha lentamente para a sua cura).

Sophie Van Der Stap, é uma jovem holandeza que foi diagnosticado com câncer de mama. Com a quimioterapia, ficou careca e como é de praxe nesses casos, sua autoestima despencou.

Mas momo nunca gostou de lenços, recorreu a perucas para melhorar a aparência e resgatar a feminilidade. No total, foram nove. Para cada peruca, uma mulher diferente e com personalidade própria que variava entre a mais romântica à ninfomaníaca. Stella, Sue, Daisy, Blondie, Platina, Oema, Pam, Lydia e Bebé estavam intrínsecas a Sophie. Veja seus relatos:

  • “Quando estava de peruca, era só mais uma garota. Quem me via na rua não sentia pena nem sabia da minha dor”;
  • “Só precisei escutar suas vozes. Eram partes da minha identidade”;
  • “E o meu reflexo no espelho fazia eu me sentir bem”;
  • “Não importa a dor. Seja a morte de alguém, uma doença ou mesmo uma separação, o escape nos dará força para confrontar a dura realidade”, diz, referindo-se a esse recurso como as “férias do câncer”;
  • “Graças às dificuldades, descobri a escrita e as perucas. Foi o jeito que encontrei para construir meu próprio mundo. Mesmo que fossem cinco minutos por dia, aquele tempo era para mim e não para o câncer”, relembra.

Curada há oito anos, Sophie diz ter se tornado flexível e ainda mais apaixonada pela vida e agora a sua visão da experiência se tornou profunda e sábia. Confira:

  • “Fico feliz só por respirar. Para mim, a vida é como uma fruta deliciosa pronta para comer”;
  • “Sobreviver é mais fácil do que viver”;
  • “Estamos sempre procurando a nossa identidade, o que amamos, e isso exige bastante energia. Temos um sentimento de responsabilidade por nós mesmos muito forte. Já sobreviver não demanda quase nada”.
auto estima

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Vitoriosa, atualmente Sophie dá palestras para inspirar médicos e pessoas que passam pela mesma situação que ela viveu há quase uma década. Leva a vida sem tantas expectativas e com mais leveza e otimismo, característica que ela reconhece nos brasileiros. “Amo andar nas ruas daqui e ver os sorrisos largos das pessoas”. Na conclusão da entrevista, sintetiza sua mensagem: “Hoje, se eu não alcanço um objetivo, não faço um drama por isso. A vida é muito preciosa para ser desperdiçada com bobagens”.

Além de toda projeção, sua história virou livro e filme, veja o trailler de A garota das nove perucas.

[youtube]https://youtu.be/o5BfGogLHzQ[/youtube]

O impacto no comportamento e na saúde

“É extraordinário a reação que algumas pessoas passam a ter perante um dificuldade extrema. Elas o vêem como um desafio e direcionam o foco de toda a sua atenção de vida para o problema. Finalmente, após um período de desgaste e superação da dificuldade acabam experimentando uma das mais raras sensações existentes no mundo: o orgulho próprio. O conjunto de toda esta experiência é transformador”, afirma o Dr. Sandro Tubini (psicólogo e psicoterapeuta da Clínica de Comportamento e Saúde).

Equipe Comportamento e Saúde

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